quinta-feira, 29 de março de 2012

Teus Mórbidos Acordes

Entonas teu pranto e no meu Réquiem chora

Choras a amarga melodia

Na lamentosa noite que se faz o meu dia

Na ofegante vida, chegaste a hora.



Tuas notas de sofrimentos

Jázem-me ao esquife fúnebre

Onde esvaneço aos lamentos

E me pairo à vida lúgubre.



Teus mórbidos acordes que choram

Em minha pálida face, ambos sombrios namoram

E meus resequidos lábios

Beijam o frio suspiro, que foje aos ressábios.



A sinfonia em prantos...

Violinos que choram, há tantos...

Mas teus mórbidos acordes...

Choram somente...

À morte.


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